Benefícios flexíveis nas empresas brasileiras: Entenda a legislação e como implantar essa solução estratégica no seu RH
Nos últimos anos, as empresas brasileiras têm buscado formas mais modernas e personalizadas de se relacionar com seus colaboradores. Uma das alternativas que mais tem ganhado espaço é a adoção de benefícios flexíveis, modelo que permite aos profissionais escolherem os benefícios que mais se adequam à sua realidade, etapa de vida e necessidades pessoais.
Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, oferecer um pacote de benefícios flexíveis não é apenas uma vantagem adicional, mas sim um diferencial estratégico de atração e retenção de talentos. Segundo pesquisa da Robert Half, 86% dos profissionais consideram o pacote de benefícios tão importante quanto o salário ao avaliar uma proposta de emprego. Por isso, entender o que diz a legislação, quais são os cuidados necessários e como implementar esse modelo corretamente é fundamental.
O que são benefícios flexíveis?
Ao contrário do modelo tradicional, em que todos os colaboradores recebem os mesmos benefícios independentemente de seu perfil ou preferências, o modelo de benefícios flexíveis permite uma personalização da oferta. A empresa estabelece um “orçamento de benefícios” e o colaborador escolhe como utilizar esse saldo entre diferentes opções: vale-refeição, vale-alimentação, plano de saúde, odontológico, previdência privada, auxílio-creche, mobilidade urbana, cultura, bem-estar, entre outros.
Cada vez mais populares, opções como o benefício iFood vêm sendo utilizadas por empresas para atender à preferência dos colaboradores em relação à alimentação, dando a eles liberdade de escolha e praticidade no dia a dia.
Além disso, empresas parceiras da ColaboRHa têm acesso gratuito a plataformas como Wellhub (antiga Gympass) e TotalPass, que promovem saúde física e mental com planos que englobam academias, atividades ao ar livre, pilates, yoga e muito mais. Também oferecemos, sem custo adicional, acesso a programas de saúde mental, que têm se mostrado indispensáveis para o equilíbrio emocional e a produtividade no ambiente corporativo.
Essa abordagem permite maior alinhamento entre as necessidades individuais e os recursos oferecidos pela empresa. Uma funcionária com filhos pequenos, por exemplo, pode priorizar auxílio-creche e plano de saúde mais robusto, enquanto um colaborador jovem pode optar por auxílio mobilidade ou cursos de capacitação.
O que diz a legislação brasileira?
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) permite a oferta de benefícios flexíveis, desde que respeitados alguns princípios legais importantes:
- Isonomia: todos os colaboradores que estejam na mesma condição devem ter acesso ao mesmo pacote de benefícios, mesmo que a utilização final varie de acordo com suas escolhas.
- Natureza do benefício: é fundamental garantir que os benefícios mantidos não tenham natureza salarial, para que não gerem encargos trabalhistas e previdenciários indevidos.
- Transparência: a empresa deve manter documentação clara sobre as opções oferecidas, as escolhas realizadas e as regras de funcionamento do sistema.
Um marco importante foi a Lei nº 14.442/2022, que alterou regras do vale-alimentação e do vale-refeição. A nova legislação tornou obrigatória a utilização desses benefícios exclusivamente para sua finalidade (alimentar), proibiu o uso para saques ou outros tipos de transações e ampliou a aceitação dos cartões em estabelecimentos diversos. Essa regulação aumentou a segurança jurídica para empresas que desejam flexibilizar seus benefícios. Para saber mais, consulte o texto oficial no Planalto.
Quais os benefícios para empresas e colaboradores?
A implementação dos benefícios flexíveis gera uma série de vantagens:
Para os colaboradores:
- Maior sensação de autonomia e controle sobre sua vida financeira.
- Benefícios mais aderentes ao seu momento de vida.
- Aumento do bem-estar e da satisfação com a empresa.
- Acesso a serviços como alimentação personalizada, plataformas de bem-estar físico e emocional e soluções voltadas à mobilidade.
Para as empresas:
- Fortalecimento da marca empregadora.
- Redução da rotatividade.
- Otimização dos recursos destinados aos benefícios.
- Redução de passivos trabalhistas e maior conformidade legal.
- Vantagem competitiva em processos seletivos.
Segundo dados da PwC, empresas com estratégias de benefícios personalizadas têm 30% menos turnover e são percebidas como mais atrativas por novos talentos. Isso sem contar o impacto positivo na produtividade e no clima organizacional.
Como implementar benefícios flexíveis na prática?
A implantação de um programa de benefícios flexíveis exige planejamento, comunicação eficiente e suporte tecnológico. Veja os principais passos:
- Mapeamento das necessidades dos colaboradores: realizar pesquisas internas, escutas ativas e levantamento de dados para identificar os benefícios mais desejados.
- Definição do orçamento: estabelecer um valor fixo por colaborador ou por nível de cargo, que será convertido em “créditos” para uso dentro da plataforma de benefícios.
- Escolha de uma plataforma de gestão: utilizar sistemas especializados para garantir transparência, conformidade e automação da gestão dos benefícios. A ColaboRHa pode apoiar sua empresa nessa escolha, integrando soluções confiáveis e de fácil utilização.
- Treinamento e comunicação: capacitar os colaboradores para utilizarem a plataforma e compreenderem as opções disponíveis. A clareza nessa fase é fundamental para garantir adesão e aproveitamento.
- Monitoramento contínuo: acompanhar os dados de utilização, realizar ajustes e manter um canal de escuta ativo para aprimorar continuamente o programa.
Além disso, é possível integrar relatórios analíticos que auxiliam o RH a entender melhor os perfis dos colaboradores e propor melhorias constantes, baseadas em dados reais.
Cuidado com a conformidade legal e com a equidade
Apesar de ser uma solução moderna, os benefícios flexíveis exigem cuidados. O principal é garantir que a implementação respeite o princípio da isonomia, não crie distinções indevidas entre colaboradores e que os registros de escolhas estejam bem documentados.
Além disso, é fundamental contar com suporte jurídico e trabalhista para validar os modelos propostos e revisar contratos com fornecedores de benefícios. Isso evita surpresas e garante tranquilidade à empresa.
Conclusão
Adotar benefícios flexíveis é uma tendência irreversível no mundo do trabalho. Empresas que desejam manter seus talentos, melhorar a experiência do colaborador e alinhar seus processos às boas práticas do mercado precisam considerar seriamente essa abordagem.
A ColaboRHa pode ajudar sua empresa a implementar um modelo de benefícios flexíveis com segurança jurídica, tecnologia intuitiva e foco na experiência do colaborador. Entre em contato conosco e descubra como oferecer o melhor da personalização em benefícios com acesso a plataformas como Wellhub, TotalPass, benefício iFood e muito mais.